Um interessante artigo, bem ao estilo do nosso Tairo, sobre as estratégias de diálogo Wãjapi com as diversas agências governamentais e não-governamentais na busca de afirmação e consolidação de suas demandas e direitos.
Apontamentos em torno de propostas de “antropologias indígenas” – Por Talita Lazarin Dal Bó
Talita Dal Bó nos prestigia com uma palinha da sua tese, onde desenvolve uma discussão densa e bem articulada da bibliografia referente ao que tem se chamado por vezes de antropologias indígenas, surgidas nos últimos anos, apresentando também uma leitura perspicaz de algum dos trabalhos de autores indígenas bem recentes.
Transformação da vida de um menino tuyuka no internato salesiano de Pari-Cachoeira: leitura antropológica – por Dʉhpo: Justino Sarmento Rezende, Tuyuka
Contarei aqui a experiência de vida de um menino tuyuka que também representa a experiência de outras crianças, adolescentes e jovens indígenas que viveram no mesmo contexto histórico, o internato da missão salesiana em Pari-Cachoeira, Rio Tiquié, na região do Alto Rio Negro.
Gaapi, a bebida cósmica dos Desana (Um ensaio desenhístico) – por Jaime Diakara, Desana
Um impressionante ensaio com a arte psicodélica do nosso mais recente Mestre indígena em Antropologia Social, Jaime Diakara.
Descendência, aliança e comensalidade: um ensaio sobre as relações de parentesco no Rio Negro – por Lorena França
Este ensaio busca retomar clássicas abordagens da antropologia, disciplina consolidada a partir dos estudos de parentesco, e contrastá-las com algumas questões etnográficas do Rio Negro, especialmente formuladas por pesquisadoras mulheres para apresentar algumas reflexões, em aberto, para o campo. O modelo de consanguinização dos afins, formulado a partir da paisagem etnográfica das Guianas, poderia oferecer uma luz para as relações entre os povos do Rio Negro?
Wahi | Uma meditação sobre miçangas, memórias e mulheres – por Wolfgang Kapfhammer
O caráter informal desse blog "Cadernos do NEAI“ me oferece a oportunidade de publicamente prestar atenção a essas primeiras impressões, que ocupam a cabeça na primeira vista – digamos de um objeto etnográfico numa coleção museológica – e às associações que seguem desobstruídas pelas convenções científicas. A meditação a seguir foi desencadeada por um lado por uma tanga Waimiri-Atroari na coleção Fittkau no Museum Fünf Kontinente em Munique, Alemanha, e pela predileção da minha esposa por uma certa bijuteria da Boêmia do tempo “pre-guerra”. O elemento comum é o uso de avelórios ou miçangas, em ambos os casos provavelmente da origem boêmia. O que segue é nada mais do que uma improvisação sobre temas como contato (in-/voluntário), migração (muitas vezes forçada), trauma e resiliência.
Antropologia & psicologia na virada ontológica: breves notas sobre convergências e divergências – por Ernesto Belo
Nesse texto, Ernesto expõe a controvérsia cientifica entre Durkheim & Wundt na virada do século XIX para o século XX e nos leva a uma outra virada, uma virada que se insere no movimento geral de mudança de paradigma que ocorre na antropologia e que leva o nome de virada ontológica.
Comentários à dissertação de João Paulo Lima Barreto, “Wai-Mahsã, peixes e humanos: um ensaio de Antropologia Indígena” – Por Márcio Ferreira Silva
Dispensando apresentações, republicamos o belíssimo comentário de Márcio Silva sobre a dissertação de João Paulo Tukano, apresentado originalmente na "Sexta do Mês", na USP, em 2013. O texto permanece pertinente e atual frente aos desafios enfrentados por todos com o protagonismo cada vez maior dos indígenas nas Universidades.
O nativo antropólogo em campo: O Centro de Medicina Indígena e o exercício da reflexividade – Por João Paulo Tukano
João Paulo Tukano compartilha conosco algumas reflexões sobre sua pesquisa de doutorado em andamento.
A PESCA DE MERGULHO DE ZÉ-PREGO. Registro fotográfico de uma prática junto aos Paumari do rio Tapauá – Por Mário Rique Fernandes
Um ensaio fotográfico sensível, mostrando a interação de um Paumari, seu filho e, claro, do antropólogo, com a paisagem do igapó durante a captura do "zé-prego", como os Paumari chamam os tracajás machos.